Uma equipe de 4 cientistas israelenses está trabalhando no Laboratório de Pesquisa da IBM em Haifa, norte de Israel, em tecnologias para diminuir congestionamentos a prevenir acidentes. A pesquisa inédita é nas áreas de segurança ativa e assistência ao motorista onde os veículos trocam informações uns com os outros e com a infra-estrutura de ruas e estradas, fazendo correções quando for apropriado e avisando ao motorista para evitar situações perigosas.
Nos EUA, os acidentes com carros custam 230 bilhões de dólares por ano, enquanto na Europa a cifra chega aos 200 bilhões, sem mencionar as tragédias pessoais. Os cientistas israelenses enxergam o tráfego do futuro como uma imensa rede onde os carros estão conectados entre si e com os sinais e sistemas de aviso de tráfego.
Da mesma forma como câmbios adaptativos, freios ABS e cruise control são padrões em grande parte dos carros no mundo, as tecnologias avançadas de auxílio ao motorista também serão comuns, como se os carros tivessem "reflexos." Segundo Aron Goldshmidt, chefe do projeto: "Imagine um veículo consciente do espaço que o cerca, recebendo várias informações de outros veículos, da pista e de câmeras colocadas em várias partes do carro. Se o veículo souber onde ele está em relação aos outros, isso significa que você pode dirigir mais perto dos outros carros ou das laterais da estrada. O carro sempre vai saber para onde os outros estarão indo. Se um acidente acontecer centenas de metros a sua frente, o carro vai saber, a segurança não será comprometida e o tráfego poderá não ser interrompido. Não importa o quanto inteligentes forem os carros: o motorista permanece no controle. Humanos são melhores que a eletrônica para analisar rapidamente situações complexas."
Um dos interessantes objetivos do projeto é eliminar os sinais nos cruzamentos. Conscientes uns dos outros os carros poderão se encaixar pelas esquinas e receber sinais eletrônicos que os parem para pedestres atravessarem. Quando vier uma ambulância ou carro de serviço com passagem livre, o fluxo no cruzamento poderá se auto-organizar, liberando a passagem.
Israel é um bom lugar para testar estes sistemas, pois a reputação do motorista israelense é muito ruim. Mas sempre devemos lembrar que há uma mistura enorme de imigrantes, cada um trazendo os vícios de trânsito de seus países de origem o que realmente complica as coisas por lá.
José Roitberg - jornalista e diretor de Comunidade na TV
terça-feira, 3 de julho de 2007
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