por José Roitberg (*)
Há muitos meses atrás o jornal alemão Der Spiegel publicou, sem citar fontes que Ehud Goldwasser e Eldad Reguev estavam mortos. Quase a totalidade do mundo judaico optou por não acreditar. Mesmo depois disso foram feitas campanhas pela libertação deles e de Gilad Schalit, ainda em cativeiro do Hamas em Gaza.
Essas campanhas contaram com grande amparo da mídia judaica. Não levaram em conta nem a precisão do jornal alemão nem a mentalidade óbvia do Hezbollah. Quem já esteve em minha sala na FIERJ, sabe que bem visível no meu armário está adesivo do habanim.org, agora com "z'l" sobre os nomes de dois dos três soldados de Israel.
Mesmo depois da realidade o http://www.habanim.org/en/index_en.html ainda espera a volta deles indicando 739 dias de ausência.. O choque deve ter desmobilizado o pessoal... Havia uma petição on-line. Muitos devem ter assinado. Talvez agora todos vejam a ineficácia das petições. Alguém acredita que uma máquina programada para matar judeus vai se importar com o que eles tem a dizer?
RON ARAD
A realidade é dura. A realidade é crua. Apesar de anos de campanha, por vezes desesperada e sem sentido, não se deve aguardar desfecho diferente em relação ao piloto Ron Arad, cujo avião foi abatido sobre o Sul do Líbano há 22 anos atrás. Neste caso parece quem nem seus restos tem paradeiro conhecido. Não passa uma semana sem algum email circulando pedindo a libertação dele. Aliás, campanha iniciada muito antes da existência da internet.
MORTOS NO ATAQUE INICIAL
Segundo as informações dos legistas israelenses, Goldwasser foi morto no instante do ataque, dentro de seu veículo blindado com um ferimento no peito. Já Regev recebeu um tiro na cabeça enquanto tentava se proteger. Portanto o Hezbollah enganou o mundo inteiro até o último instante ao manter a versão de que eles foram sequestados e estariam vivos. Apenas mais uma mentira terrorista. Nunca houve sequestro ou cativeiro algum o que mostra a total ausência de cartas, vídeos ou gravações dos dois. Enganar judeus? Por que não?
SENTIMENTOS
Existem sentimentos complicado em relação ao dia 16. Antes de mais nada, a data escolhida é terrível, dois dias antes da AMIA e o dia pelo calendário ocidental onde em 622 dc foi iniciado o calendário islâmico. Agora o Hezbollah vai poder comemorar a AMIA, quando comemorar Kuntar.
O primeiro sentimento é um choque traumático de trazer milhões de pessoas a dura realidade do conflito, dois anos depois quando ainda havia esperança. Neste quadro, muitos sentem-se traídos, mais pelo governo israelense que pelo inimigo Hezbollah. A culpa é do inimigo e não de Israel! Mas culpam o governo por libertar um animal libanês condenado a cinco prisões perpétuas consecutivas, mais quatro integrantes do Hezbollah e devolver 168 corpos de terroristas de diversas facções que estavam enterrados em Israel, pelos corpos de apenas dois soldados. Vale a pena?
O segundo é um sentimento ufanista, já fora de lugar no contexto histórico mas ainda muito visto e ouvido por aí: "um soldado israelense vale sim centenas de árabes." Isso é uma bobagem nacionalista dita por qualquer lado de um conflito.
O terceiro sentimento é um sentimento derrotista, aquele que se espalha cada vez mais quando judeus passam a incorporar as mentiras da propaganda anti-semita árabe-islâmica, que não é diferente hoje do que era quando Kunan, em 1979, aos 17 anos de idade, desembarcou em um bote de borracha em Israel com seu grupo de ataque de terroristas da Frente de Libertação da Palestina.
Sem objetivo militar algum em mente, invadiu aleatoriamente um edifício perto da praia e arrastou Dany e sua filha Einat de quatro anos de seu apartamento. Kunan fuzilou Dany enquanto a pequena Einat era obrigada a assistir essa cena de terror. Coloque-se no lugar dela! Desepere-se! Chore! Ela não é apenas Einat, é seus filhos, é você!
Em seguida, mostrando toda a sua bestialidade treinada e incentivada por seus líderes ideológicos e religiosos esmagou a cabeça de Einat Haran a golpes de coronha de seu fuzil. Smadar, esposa e mãe, ouvindo os gritos de terror e os tiros, se escondeu e tampou a boca de sua filha que chorava sem parar. A irmazinha mais nova, Yael com apenas dois anos morreu asfixiada. Na ação terrorista, dois policiais israelenses também foram assassinados.
1942-1979
Este caso, apenas um entre os diversos ataques covardes de terroristas palestinos nas décadas de 1960 e 1970 estava esquecido. Mas com a sua triste memória recuperada, me obrigo a compará-lo com um dos relatos mais chocantes de Alexander Laks, presidente da Associação do Sobreviventes do Holocausto do RJ - Sherit Hapleitá.
Dentro de todo o horror do Holocausto, Laks sempre conta que ainda criança, escondido num apartamento no gueto de Lodz, estava com um grupo de pessoas quando soldados alemães faziam uma busca. Uma mãe agiu como Smadar para evitar que todo o seu grupo fosse descoberto pelos alemães. Ambas agiram sem intenção sabendo que o choro levaria a morte de todos.
A criança morreu num quarto escuro em Lodz. Laks criou uma frase que não pode sair de nossas mentes: "naquele momento os judeus não tinham o direito de chorar!". Não tinham o direito de viver e não tinham o direito de chorar. Em desepero e sem motivos para viver, os pais do bebê de Lodz entregaram-se aos nazistas e nunca mais foram vistos.
Aconteceu novamente uns 35 anos anos depois, não sob ocupação nazista, mas sob a liberdade da democracia israelense. Não devido a carrascos nazistas, mas devido a carrascos palestinos criados através de propaganda nazista. Para ambos uma vida judaica nunca valeu nada!
TUDO POR UMA CERCA
O sentimento derrotista leva judeus a pensarem que perdemos com a troca. Que devíamos ficar com o animal Kuntar enjaulado por cinco vidas e que se danem os corpos de dois judeus: as famílias que assumam sua parte na guerra, porque soldados devem apenas cumprir sua missão. Se voltarem está ótimo. Se não voltarem... É o que se espera. Mas a missão deles era apenas verificar uma cerca.
Eram reservistas em "miluim". E não foram as duas únicas vítimas daquele dia quando os terroristas do "exército" ilegal do Hezbollah no Líbano atacaram seu Hummvee blindado, em território israelense, com um míssil anti-tanque.
Morreram no veículo: Sargento-Major Class Eyal Benin, 22, Sargento-Major Shani Turgeman, 24, e Staff-Sargento Wassim Nazal, 27. No Brasil temos apenas três níves de sargentoss em possibilidade de tradução. Em Isarel e EUA há cinco, sendo o mais alto o Major, seguido pelo Staff. Estes nomes precisam ser lembrados também.
Quase imediatamente o comandante local enviou dois tanques para perseguir os terroristas e resgatar os israelenses que se acreditava terem sido seqüestrados. Mas era uma emboscada.
Um tanque Merkava seguiu um caminho lógico onde havia uma enorme bomba enterrada. Ele foi atingido e seus quatro tripulantes foram mortos. Um grupo de infantaria foi enviado para tentar fazer o resgate e o Sargento Cohen Nimrod foi morto. Dois de seus soldados ficaram feridos gravemente, exigindo uma terceira missão de resgate.
Tudo isso por uma cerca colocada exatamente para dificultar a entrada de terroristas em Israel. E por uma cerca e esses soldados, foi-se a guerra com todas as conseqüências conhecidas.
A ÚLTIMA MISSÃO
Mas Ehud Goldwasser e Eldad Regev já mortos não sabiam ter ainda uma última missão, pela qual foram promovidos a Staff-Sargentos. Sua última missão foi jogar mais um pouco de verdade sobre o mundo inteiro mostrando a real face do inimigo. Não o rosto camuflado escondido em um buraco, mas o rosto público do enaltecimento do terror, do enaltecimento do matador de crianças, da transformação de um animal em herói nacional recebido pelo primeiro-ministro libanês, apregoado como exemplo por Mahmud Abbas da Fatah, que deveria ser o parceiro pela paz e tomado e indicado como exemplo do que é ser um bom garoto palestino, um bom garoto libanês, um bom garoto do Hezbollah: um bom garoto é aquele que se desprende da família e vai matar crianças e civis judeus sem medir conseqüências!
Isso está na propaganda diária pelo martírio radical islâmico e radical palestino de forma absolutamente aberta! É propagandeado na TV, no rádio, no jornal, nos sermões das mesquitas e nos livros escolares, não só dos palestinos, mas de todos os países árabes sem exceção. Só que Kunan é de outra geração onde essa pregação, esse culto a morte era obscuro e mais reservado. Se havia um Kunan, hoje há milhares.
A última missão dos dois sargentos foi cumprida com êxito! O discurso se inverteu: a vida de um terrorista do Hezbollah não vale nada, porque foi "nada" que os libaneses deram em troca pelos seus!
Um país que se refere a Israel como "Entidade Sionista de Ocuapção" mobilizado para receber um matador de crianças, com gráficas imprimindo cartazes sem parar, com outdoors pelas ruas, mostra que o racismo anti-judaico não é do Nasrallha, não é do Ahmadinejad, não é do Hannye.
Este racismo com raízes profundas sedimentado por uma poderosa e incessante máquina de propaganda anti-semita que impede as pessoas de sequer verem que há outra forma de se comportar em relação a Israel e aos judeus, não é uma coisa de "um homem só".
Esse racismo é um racismo mortal de centenas de milhares de pessoas, senão de milhões.
Vê quem quer. E pelo menos nós não podemos nos furtar a ver e não podemos alinhar com os derrotistas pois o mesmo alinhamento frente a mesma propaganda resultou no Holocausto na Segunda Guerra Mundial. Os livros são os mesmos. Os cartuns são os mesmos. As frases de efeito são as mesmas. O ódio é maior. Alinhar com o inimigo nunca trará a paz, mas apenas a dor e a morte. Viu quem quis ver há 65 anos atrás.
José Roitberg é jornalista e diretor de Comunidade na TV
Há muitos meses atrás o jornal alemão Der Spiegel publicou, sem citar fontes que Ehud Goldwasser e Eldad Reguev estavam mortos. Quase a totalidade do mundo judaico optou por não acreditar. Mesmo depois disso foram feitas campanhas pela libertação deles e de Gilad Schalit, ainda em cativeiro do Hamas em Gaza.
Essas campanhas contaram com grande amparo da mídia judaica. Não levaram em conta nem a precisão do jornal alemão nem a mentalidade óbvia do Hezbollah. Quem já esteve em minha sala na FIERJ, sabe que bem visível no meu armário está adesivo do habanim.org, agora com "z'l" sobre os nomes de dois dos três soldados de Israel.
Mesmo depois da realidade o http://www.habanim.org/en/index_en.html ainda espera a volta deles indicando 739 dias de ausência.. O choque deve ter desmobilizado o pessoal... Havia uma petição on-line. Muitos devem ter assinado. Talvez agora todos vejam a ineficácia das petições. Alguém acredita que uma máquina programada para matar judeus vai se importar com o que eles tem a dizer?
RON ARAD
A realidade é dura. A realidade é crua. Apesar de anos de campanha, por vezes desesperada e sem sentido, não se deve aguardar desfecho diferente em relação ao piloto Ron Arad, cujo avião foi abatido sobre o Sul do Líbano há 22 anos atrás. Neste caso parece quem nem seus restos tem paradeiro conhecido. Não passa uma semana sem algum email circulando pedindo a libertação dele. Aliás, campanha iniciada muito antes da existência da internet.
MORTOS NO ATAQUE INICIAL
Segundo as informações dos legistas israelenses, Goldwasser foi morto no instante do ataque, dentro de seu veículo blindado com um ferimento no peito. Já Regev recebeu um tiro na cabeça enquanto tentava se proteger. Portanto o Hezbollah enganou o mundo inteiro até o último instante ao manter a versão de que eles foram sequestados e estariam vivos. Apenas mais uma mentira terrorista. Nunca houve sequestro ou cativeiro algum o que mostra a total ausência de cartas, vídeos ou gravações dos dois. Enganar judeus? Por que não?
SENTIMENTOS
Existem sentimentos complicado em relação ao dia 16. Antes de mais nada, a data escolhida é terrível, dois dias antes da AMIA e o dia pelo calendário ocidental onde em 622 dc foi iniciado o calendário islâmico. Agora o Hezbollah vai poder comemorar a AMIA, quando comemorar Kuntar.
O primeiro sentimento é um choque traumático de trazer milhões de pessoas a dura realidade do conflito, dois anos depois quando ainda havia esperança. Neste quadro, muitos sentem-se traídos, mais pelo governo israelense que pelo inimigo Hezbollah. A culpa é do inimigo e não de Israel! Mas culpam o governo por libertar um animal libanês condenado a cinco prisões perpétuas consecutivas, mais quatro integrantes do Hezbollah e devolver 168 corpos de terroristas de diversas facções que estavam enterrados em Israel, pelos corpos de apenas dois soldados. Vale a pena?
O segundo é um sentimento ufanista, já fora de lugar no contexto histórico mas ainda muito visto e ouvido por aí: "um soldado israelense vale sim centenas de árabes." Isso é uma bobagem nacionalista dita por qualquer lado de um conflito.
O terceiro sentimento é um sentimento derrotista, aquele que se espalha cada vez mais quando judeus passam a incorporar as mentiras da propaganda anti-semita árabe-islâmica, que não é diferente hoje do que era quando Kunan, em 1979, aos 17 anos de idade, desembarcou em um bote de borracha em Israel com seu grupo de ataque de terroristas da Frente de Libertação da Palestina.
Sem objetivo militar algum em mente, invadiu aleatoriamente um edifício perto da praia e arrastou Dany e sua filha Einat de quatro anos de seu apartamento. Kunan fuzilou Dany enquanto a pequena Einat era obrigada a assistir essa cena de terror. Coloque-se no lugar dela! Desepere-se! Chore! Ela não é apenas Einat, é seus filhos, é você!
Em seguida, mostrando toda a sua bestialidade treinada e incentivada por seus líderes ideológicos e religiosos esmagou a cabeça de Einat Haran a golpes de coronha de seu fuzil. Smadar, esposa e mãe, ouvindo os gritos de terror e os tiros, se escondeu e tampou a boca de sua filha que chorava sem parar. A irmazinha mais nova, Yael com apenas dois anos morreu asfixiada. Na ação terrorista, dois policiais israelenses também foram assassinados.
1942-1979
Este caso, apenas um entre os diversos ataques covardes de terroristas palestinos nas décadas de 1960 e 1970 estava esquecido. Mas com a sua triste memória recuperada, me obrigo a compará-lo com um dos relatos mais chocantes de Alexander Laks, presidente da Associação do Sobreviventes do Holocausto do RJ - Sherit Hapleitá.
Dentro de todo o horror do Holocausto, Laks sempre conta que ainda criança, escondido num apartamento no gueto de Lodz, estava com um grupo de pessoas quando soldados alemães faziam uma busca. Uma mãe agiu como Smadar para evitar que todo o seu grupo fosse descoberto pelos alemães. Ambas agiram sem intenção sabendo que o choro levaria a morte de todos.
A criança morreu num quarto escuro em Lodz. Laks criou uma frase que não pode sair de nossas mentes: "naquele momento os judeus não tinham o direito de chorar!". Não tinham o direito de viver e não tinham o direito de chorar. Em desepero e sem motivos para viver, os pais do bebê de Lodz entregaram-se aos nazistas e nunca mais foram vistos.
Aconteceu novamente uns 35 anos anos depois, não sob ocupação nazista, mas sob a liberdade da democracia israelense. Não devido a carrascos nazistas, mas devido a carrascos palestinos criados através de propaganda nazista. Para ambos uma vida judaica nunca valeu nada!
TUDO POR UMA CERCA
O sentimento derrotista leva judeus a pensarem que perdemos com a troca. Que devíamos ficar com o animal Kuntar enjaulado por cinco vidas e que se danem os corpos de dois judeus: as famílias que assumam sua parte na guerra, porque soldados devem apenas cumprir sua missão. Se voltarem está ótimo. Se não voltarem... É o que se espera. Mas a missão deles era apenas verificar uma cerca.
Eram reservistas em "miluim". E não foram as duas únicas vítimas daquele dia quando os terroristas do "exército" ilegal do Hezbollah no Líbano atacaram seu Hummvee blindado, em território israelense, com um míssil anti-tanque.
Morreram no veículo: Sargento-Major Class Eyal Benin, 22, Sargento-Major Shani Turgeman, 24, e Staff-Sargento Wassim Nazal, 27. No Brasil temos apenas três níves de sargentoss em possibilidade de tradução. Em Isarel e EUA há cinco, sendo o mais alto o Major, seguido pelo Staff. Estes nomes precisam ser lembrados também.
Quase imediatamente o comandante local enviou dois tanques para perseguir os terroristas e resgatar os israelenses que se acreditava terem sido seqüestrados. Mas era uma emboscada.
Um tanque Merkava seguiu um caminho lógico onde havia uma enorme bomba enterrada. Ele foi atingido e seus quatro tripulantes foram mortos. Um grupo de infantaria foi enviado para tentar fazer o resgate e o Sargento Cohen Nimrod foi morto. Dois de seus soldados ficaram feridos gravemente, exigindo uma terceira missão de resgate.
Tudo isso por uma cerca colocada exatamente para dificultar a entrada de terroristas em Israel. E por uma cerca e esses soldados, foi-se a guerra com todas as conseqüências conhecidas.
A ÚLTIMA MISSÃO
Mas Ehud Goldwasser e Eldad Regev já mortos não sabiam ter ainda uma última missão, pela qual foram promovidos a Staff-Sargentos. Sua última missão foi jogar mais um pouco de verdade sobre o mundo inteiro mostrando a real face do inimigo. Não o rosto camuflado escondido em um buraco, mas o rosto público do enaltecimento do terror, do enaltecimento do matador de crianças, da transformação de um animal em herói nacional recebido pelo primeiro-ministro libanês, apregoado como exemplo por Mahmud Abbas da Fatah, que deveria ser o parceiro pela paz e tomado e indicado como exemplo do que é ser um bom garoto palestino, um bom garoto libanês, um bom garoto do Hezbollah: um bom garoto é aquele que se desprende da família e vai matar crianças e civis judeus sem medir conseqüências!
Isso está na propaganda diária pelo martírio radical islâmico e radical palestino de forma absolutamente aberta! É propagandeado na TV, no rádio, no jornal, nos sermões das mesquitas e nos livros escolares, não só dos palestinos, mas de todos os países árabes sem exceção. Só que Kunan é de outra geração onde essa pregação, esse culto a morte era obscuro e mais reservado. Se havia um Kunan, hoje há milhares.
A última missão dos dois sargentos foi cumprida com êxito! O discurso se inverteu: a vida de um terrorista do Hezbollah não vale nada, porque foi "nada" que os libaneses deram em troca pelos seus!
Um país que se refere a Israel como "Entidade Sionista de Ocuapção" mobilizado para receber um matador de crianças, com gráficas imprimindo cartazes sem parar, com outdoors pelas ruas, mostra que o racismo anti-judaico não é do Nasrallha, não é do Ahmadinejad, não é do Hannye.
Este racismo com raízes profundas sedimentado por uma poderosa e incessante máquina de propaganda anti-semita que impede as pessoas de sequer verem que há outra forma de se comportar em relação a Israel e aos judeus, não é uma coisa de "um homem só".
Esse racismo é um racismo mortal de centenas de milhares de pessoas, senão de milhões.
Vê quem quer. E pelo menos nós não podemos nos furtar a ver e não podemos alinhar com os derrotistas pois o mesmo alinhamento frente a mesma propaganda resultou no Holocausto na Segunda Guerra Mundial. Os livros são os mesmos. Os cartuns são os mesmos. As frases de efeito são as mesmas. O ódio é maior. Alinhar com o inimigo nunca trará a paz, mas apenas a dor e a morte. Viu quem quis ver há 65 anos atrás.
José Roitberg é jornalista e diretor de Comunidade na TV
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