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Jerusalém, 21 mai (EFE).- A Campanha Palestina para o Boicote Acadêmico e Cultural de Israel está recolhendo assinaturas para pedir aos Rolling Stones que cancelem o show que devem fazer nas próximas semanas em Tel Aviv.
"Atuar em Israel hoje em dia é moralmente equiparável a fazê-lo na África do Sul durante o apartheid", afirma a carta, que ainda não foi enviada aos Stones.
Em poucas horas, a carta foi assinada por diversos acadêmicos, artistas e intelectuais israelenses e de países ocidentais, disse à agência Efe o fundador da iniciativa, Omar Barghouti.
A carta lembra que Mike Jagger, Keith Richards e companhia se negaram, nos anos 80, a atuar na África do Sul enquanto fosse mantido o regime de segregação racial. Os Rolling Stones chegaram a compor uma música, chamada "Sun City", para denunciar o apartheid.
"A política israelense por meio de sua ocupação militar ilegal de território palestino (...), ultrapassou" a de "seus homólgos sul-africanos", diz o texto.
De acordo com a carta, Israel "continua com seus propósitos coloniais e de apartheid para despojar, oprimir e, em última instância, aplicar uma limpeza étnica contra os palestinos em seu lar".
Diante deste quadro, pede que os Stones não atuem em Israel enquanto o país não "puser fim" à ocupação e continue sem "respeitar os direitos humanos e os preceitos básicos do direito internacional quanto à liberdade, à autodeterminação e à igualdade para os palestinos".
Os promotores da iniciativa não têm a intenção de repeti-la no caso do show de Britney Spears, a outra grande atração musical prevista para o verão em Tel Aviv. A explicação é que a estrela pop americana não demonstrou no decorrer de sua carreira as mesmas "preocupações morais" que os Rolling Stones, disse Barghouti.
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