Tribunal egípcio condena jornalista por fazer documentário sobre tortura |
Cairo, 2 mai (EFE).- Um tribunal egípcio condenou hoje uma jornalista do canal de televisão "Al Jazira" a seis meses de prisão após considerá-la culpada de prejudicar os interesses do Estado por um documentário sobre a tortura no Egito. Segundo fontes judiciais, uma corte do bairro de Heliopolis, no Cairo, considerou que Huwaida Taha é culpada por "danificar os interesses do país com a gravação de imagens que pudessem prejudicar a nação". A jornalistas terá que pagar ainda uma multa de 30 mil libras egípcias (US$ 5.200), Taha, que foi condenada à revelia, já que está no Catar, foi interceptada no aeroporto do Cairo em janeiro, quando pretendia viajar para a sede da "Al Jazira" levando consigo várias fitas sobre a tortura no Egito. A Polícia a impediu de deixar o país e apreendeu todo o material de gravação (50 fitas). A jornalista chegou a ser detida, mas foi libertada dias depois. A sentença não é definitiva, e Taha tem o direito de apelação a uma instância judicial superior, segundo a lei egípcia. A tortura no Egito é um tema altamente polêmico, sobre o qual a rede catariana emitiu recentemente uma reportagem que obteve uma elevada audiência dentro e fora do Egito. |
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Tribunal egípcio condena jornalista por fazer documentário sobre tortura
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