Bento XVI recordou o centenário do nascimento de Odoardo Focherini, um católico italiano assassinado pelo regime nazi por ter salvo a vida de numerosos judeus.
Focherini, jornalista de profissão, morreu no campo de concentração de Hersbruck (um dos 74 subcampos de Flossenburg), no dia 27 de Dezembro de 1944, aos 37 anos.
Para o Papa, esta é "uma inesquecível figura de esposo cristão, cujo virtuoso exemplo continua a falar à Igreja de hoje".
Na mensagem enviada à diocese de Carpi (Itália), através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, Bento XVI deseja que "a significativa data sirva para recordar a luminosa mensagem e o intrépido testemunho evangélico de um leigo tão generoso que, imitando Cristo, se entrego incessantemente à salvação dos seus irmãos".
Foccherini era administrador do jornal «L'Avvenire d'Italia». Em 1942, o director do jornal pediu-lhe que ajudasse alguns judeus polacos, que chegaram à Itália num comboio da Cruz Vermelha Internacional, e foram enviados a Bolonha pelo Cardeal Pietro Boetto, arcebispo de Génova.
A 11 de Março de 1944, foi preso quando visitava no hospital o judeu Enrico Donati, para quem organizava uma fuga para Suíça. Num único interrogatório, foi acusado de ter escrito uma carta na qual dizia que ajudava os judeus "não por dinheiro, mas por pura caridade cristã".
Em 1969 foi declarado "Justo entre as nações" pelo Estado de Israel. A sua causa de beatificação está em curso desde 1996.
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