Dez mil pessoas participaram, nesta sexta-feira, em Tel Aviv, da parada anual do "Orgulho Gay", num clima de festa que dominou a marcha até as praias próximas da capital israelense, ao ritmo de música eletrônica.
Os 10.000 participantes - segundo estimativas da polícia - saíram do centro da cidade até uma das praias vizinhas, onde se concentraram dançando ao ritmo da música techno.Vários grupos musicais e cantores da moda em Israel foram convidados a participar da parada do "Orgulho Gay", uma manifestação anual organizada desde 1998 pela prefeitura de Tel Aviv.
"A manifestação ocorre sem incidentes", disse à AFP o porta-voz da polícia, Micky Dan Rosenfeld.
Alguns militantes da extrema-direita nacionalista e religiosa, colocados atrás da barreira humana formada por policiais, lançou injúrias contra os participantes da marcha.
O Parlamento israelense adotou na quarta-feira, em leitura preliminar, um projeto de lei para proibir a manifestação do "Orgulho Gay", prevista para 21 de junho em Jerusalém e à qual se opõem os setores ultra-ortodoxos da cidade.
Esta lei tem que ser votada em três leituras pelos deputados israelenses para poder entrar em vigor e permitir que seja a prefeitura de Jerusalém - e não a polícia, conforme estipulado atualmente - a encarregada de tomar a decisão definitiva sobre este tipo de manifestação.
Em caso de aprovação, a lei autorizará ao conselho municipal de Jerusalém que proíba "manifestações suscetíveis de causar prejuízo à ordem pública ou às crenças religiosas".
O prefeito de Jerusalém, Uri Lupoliansky, um judeu ultra-ortodoxo, se apóia no governo numa coalizão de vereadores de procedência religiosa.
A última parada do "Orgulho Gay", prevista em 2006 nas ruas de Jerusalém, foi cancelada devido a violentas manifestações de setores ultra-ortodoxos judeus contra uma marcha que consideravam uma profanação do caráter sagrado da cidade.
Em 2005, durante a quarta parada homossexual na Cidade Santa, um judeu ultra-ortodoxo apunhalou três manifestantes, crime pelo qual foi condenado a 12 anos de prisão.
Apesar das hostilidades suscitadas por homossexuais e lésbicas nos círculos religiosos israelenses, a homossexualidade está legalizada desde 1988, ano desde o qual a Justiça de Israel foi reconhecendo cada vez mais direitos aos casais do mesmo sexo.
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