No dia 7 de junho de 1967, no segundo dia da Guerra dos Seis Dias, às 10 horas da manhã cessaram os combates na Cidade da Paz. Soldados israelenses entraram pelo Portão dos Leões e chegaram ao Muro das Lamentações, o local mais sagrado para o Povo Judeu e proibido durante décadas pelas tropas de ocupação da Jordânia, e durante séculos pelo Império Turco. De lá Israel não sai! Os jovens Israelenses em 60 anos de guerras, deram sua juventude, suas esperanças e suas vidas por todo o Povo Judeu.
Momentos importantes, confundidos e esquecidos da Guerra dos Seis Dias
1959 - No verão de 59 a Fatah foi fundada no Kwait com o objetivo de destruir Israel. Seus fundadores foram Yasser Arafat, Khalil al Wazir, Saad Khalef, Faruq Qadumi, Zuhair al Alami, Kamal Adwan e Muhamed Yussef an-Najar. A tradução de Fatah é "vitória" ou "conquista" e foi inspirada na Frente Nacional de Libertação da Argélia, que lutava contra os franceses. Apenas em 1964 ela foi anunciada oficialmente como OLP (Organização para a Libertação da Palestina)., mas desde 59 operava ataques contra Israel a partir da Faixa de Gaza como FLP (Frente de Libertação da Palestina). Esse início é absolutamente claro e esquecido. Com Egito ocupando Gaza e Jordânia ocupando Cisjordânia, a Palestina a ser libertada era Israel.
1965 - Em janeiro, a Síria prende e depois executa em praça pública o espião israelense Eli Cohen. Graças ao seu trabalho, todas as posições de artilharia sírias no Golã foram marcadas. Em 1967, Israel atacou-as sem problemas pois estavam todas marcadas com eucaliptos que Cohen plantou ao longo dos anos em que operou na Síria.
1966 - Num golpe militar o partido Baath com Afez Hassad assume o poder na Síria, onde está até hoje. Com apoio sírio aumentam os ataques da OLP.
1966 - Em 25 de maio a inteligência soviética emite o alerta errado de que Israel estava acumulando 10 brigadas no Norte, para atacar a Síria e conquistar Damasco. Na verdade havia apenas uma brigada de infantaria e outra blindada.
1966 - Em 9 de novembro Egito e Síria assinam acordo de defesa mútua.
1967 - A Síria bombardeia kibutzim e vilas israelenses no Norte de Israel. A força aérea responde com um ataque envolvendo 130 aviões. 6 caças MIG 21 (o mais moderno da União Soviética) são derrubados, dois deles sobre Damasco.
1967 - Em 13 de maio a URSS reafirma seu informe anterior sobre o plano israelense de atacar Damasco.
1967 - Em 14 de maio as tropas egípcias começam a se acumular no Sinai.
1967 - Em 15 de maio a rádio do Cairo transmite: "A existência de Israel já continuou por muito tempo. Nós agradecemos a agressão israelense. Nós damos as boas vindas á batalha que pela qual esperamos a muito tempo. A hora está chegando. Começou a batalha na qual nós vamos destruir Israel."
1967 - Em 18 de maio Nasser ordena que as tropas da ONU se retirem do Sinai.
1967 - Em 23 de maio Nasser fecha o Estreito de Tiran quando já tem mais de 130 mil soldados no Sinai.
1967 - Em 27 de maio Nasser cancela o plano de ataque a Israel conhecido como "Operação Fajr" que iria começar no dia seguinte, pois o serviço secreto israelense obteve informações sobre o plano.
1967 - Em 30 de maio o Egito assina um pacto de defesa mútua com a Jordânia onde assume o controle militar as forças armadas do país.
1967 - Em 31 de maio o presidente do Iraque Abdur Rahman Aref declara pelo rádio: "A existência de Israel é um erro que deve ser retificado. Essa é nossa oportunidade de varrer a ignomínia que está entre nós desde 1948. Nosso objetivo é claro: varrer Israel do mapa."
1967 - Em 2 de junho o general Moshe Dayan é empossado como Ministro da Defesa num governo de união nacional em Israel
Começa a Guerra dos Seis Dias
05 de junho
7h46m - Israel ataca as bases aéreas egípcias
8h15m - exército de Israel já ultrapassava a cidade de Gaza e rumava para Rafah
9h45m - Jordânia bombardeia Jerusalém e o centro de Israel. Aviões da Jordânia e Iraque tentam atacar Tel Aviv e outras cidades.
12h00m - Jordânia avança dentro de Jerusalém e captura do QG da ONU. Israel ataca bases aéreas na Jordânia. Aviação síria bombardeia Haifa
13h00m - Jordânia continua avançando em Jerusalém. Praticamente toda a força aérea síria está destruída. Base aérea atacada no Iraque
17h00m - Artilharia da Jordânia bombardeia Tel Aviv. Artilharia da Síria bombardeia Rosh Pina
06 de junho
03h00 - IDF toma Latrun na subida para Jerusalém (note que apesar da cidade estar dividida, enquanto o Jordânia possuia tropas em Jerusalém, Israel teve que abrir caminho para a cidade)
05h47 - Síria começa a avançar no Golã com uma barragem de artilharia sobre as comunidades de Israel perto da fronteira
06h00 - brigada de Ariel Sharon captura primeiras cidades no Sinai
06h15 - paraquedistas do IDF conseguem conquistar as casamatas de Givat Hatahmoshet na entrada de Jerusalém com a perda de praticamente todos os homens que participaram do ataque.
13h00 - Jenin conquistada após 8 horas de combates
19h30 - Ramallah conquistada
20h00 - comando egipicio ordena retirada geral do Sinai
24h00 - comando egípcio ordena retirada das tropas jordanianas de toda a Cisjordânia
07 de junho
prosseguem os bombardeios da artilharia síria durante todo o dia
10h00 - Jerusalém conquistada
11h15 - Nablus conquistada
18h00 - Gush Etzion conquistada
19h30 - Jericó conquistada
08 de junho
prosseguem os bombardeios da artilharia síria durante todo o dia, aviação israelense começa a responder
06h30 - Hebron conquistada
15h30 - Egito aceita o cessar-fogo
09 de junho
01h00 - primeiros blindados israelenses chegam ao Canal de Suez
11h30 - Dayan ordena o avanço de blindados contra a Síria
18h20 - IDF conquista os bunkers de Tal Afar após 5 horas de duros combates
18h30 - Nasser renuncia num discurso de rádio e acusa os Estados Unidos dizendo que só perdeu a guerra por que os americanos apoiaram Israel. Os EUA não apoiavam Israel naquela época. Multidões foram às ruas e até a artilharia anti-aérea do Cairo deu tiros para o ar e Nasser voltou atrás em sua renúncia.
10 de junho
14h30 - Kuneitra, na Síria, é conquistada
18h00 - Siria aceita cessar-fogo
1968 - A Carta da OLP (sua constituição) pregava a destruição do Estado de Israel. Essa Carta foi modificada nos Acordos de Paz de Oslo, com a remoção deste item e alteração de outros, mas ao assumir o governo, o Hamas baixou um decreto que anulava todos os acordos assinados pela OLP nos anos anteriores. O status verdadeiro e o alcance dessa decisão não estão claros. De qualquer forma a Carta atual do Hamas, prega não só a destruição do Estado de Israel como a matança de judeus onde quer que estejam.
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