O governo dos Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU) estão pressionando o Brasil para que o País receba refugiados palestinos que vivem hoje em Bagdá, no Iraque. O Brasil ainda hesita em aceitar os refugiados, já que seria uma forma de dar aval à guerra no Iraque. Ontem, durante conferência organizada pela ONU para tratar da questão dos refugiados iraquianos, o Itamaraty fez um alerta velado à pressão americana: a questão somente será solucionada com a estabilização da região e o fim da violência.
Mas os americanos não desistem. "Queremos que o Brasil ajude em um plano para lidar com a questão dos refugiados palestinos", afirmou a subsecretária de Estado dos EUA para assuntos globais, Paula Dobriansky. Hoje, o Brasil diz ter cerca de 4 mil refugiados no País, ainda que a própria ONU estime em seus documentos que apenas o número de colombianos na Amazônia chegaria a 15 mil. No que se refere ao plano dos palestinos, a idéia inicial é de que o Brasil receba 30 pessoas para uma fase de testes.
No total, existem mais de 4 milhões de refugiados palestinos, população que foi se acumulando desde a criação de Israel nos anos 40. Um dos grupos que mais preocupam o governo dos EUA e a ONU é o de palestinos que foram para Bagdá em busca de proteção. Em seu discurso ontem na ONU, o embaixador brasileiro Sérgio Florêncio, sem fazer nenhuma promessa, disse que "o Brasil vai acompanhar com atenção os resultados da conferência da ONU, as necessidades para a proteção de refugiados e possíveis respostas a problemas específicos".
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