Holocausto
Judeus sobreviventes têm maior risco de cancro
Paula Cosme Pinto
Um estudo da Universidade de Haifa revelou hoje que os judeus que sobreviveram à perseguição nazi têm 2,4 vezes mais propensão de desenvolver cancro do intestino grosso.
Keith Bedford/Reuters
O Dia do Holocausto está a ser marcado por uma jornada de luto em todo o mundo
Na data em que se assinala o Dia do Holocausto, um estudo da Universidade de Haifa revelou que os judeus que sobreviveram à perseguição nazi, há mais de meio século, têm 2,4 vezes mais propensão a desenvolver cancro que os outros judeus que não foram perseguidos.
Segundo o relatório, publicado hoje pelo jornal 'Ha'aretz', os sobreviventes do holocausto judeu sofreram nove vezes mais cancro do intestino grosso que os da mesma idade que emigraram da Europa para a Palestina sob controlo britânico antes da Segunda Guerra Mundial.
O estudo da Universidade de Haifa compara dois tipos de estatísticas do Registo Nacional Israelita de Cancro. Primeiro, os dados de 1,8 milhões de israelitas, nascidos na Europa entre 1920 e 1945, que se estabeleceram na região quando a Palestina estava sob controlo britânico. Segundo, os seus 464 mil compatriotas, nascidos entre 1920 e 1939, que emigraram para a Palestina antes do início do conflito.
O relatório demonstra ainda que o risco de cancro é maior entre os que eram mais jovens durante a Segunda Guerra Mundial. "Foi possível ver que a exposição à fome e à má nutrição durante a infância e a adolescência, quando o corpo está em um período de crescimento acelerado, aumenta o risco de desenvolver um cancro", explica a autora do estudo, a investigadora da Universidade de Haifa (norte de Israel) Vine Raviv. O documento foi publicado para assinalar o Dia do Holocausto, que começou ontem à noite e está a ser evocado com uma jornada de luto.
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