quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Anti-semitismo em palavras cruzadas

No Jornal do Brasil de hoje, 29 de agosto, a seção de palavras cruzadas produzida pela conhecida e antiga revista Coquetel, trazia como um dos termos "mofa, escárnio" cuja resposta correta é "judiação". Agradecemos a uma de nossas leitoras pela denúncia bem documentada. É vergonhoso que uma conceituada publicação como a Coquetel aceite e inclua termos racistas e pejorativos em suas publicações disseminando ainda mais o preconceito contra os judeus.

Agora, para se imaginar se é coincidência ou não, na resposta do jogo de hoje, publicada na mesma página, a palavra que fica exatamente em cima de "judiação" é "odin". É demais! "A Voz de Odin" era o nome utilizado pelo autor do site nazista, racista e anti-semita valhalla88. Se é apenas uma coincidência foi muito sinistra. Se tivéssemos a retórica nazi, isso seria "uma prova da conspiração nazista contra os judeus..." Se juntarmos ainda "adjacente", quando as duas palavras estão adjacentes, e mais abaixo "adesão" a essas idéias, temos um quadro conspiratório catastrófico...

Anti-Semitismo em roubo comum - nota de repúdio

Uma das unidades da Associação Cidade Escola Aprendiz, localizada em Vila Madalena, São Paulo, foi vítima de um roubo com vandalismo como divulgado no próprio site da instituição ontem, dia 28 de agosto. A matéria original pode ser vista neste link.

Além do roubo covarde em uma escola cuja finalidade é ajudar crianças carentes, principalmente na inclusão digital, os ladrões pintaram grandes suásticas vermelhas e a frase "Morte a Juda."

A FIERJ vem a público denunciar e cobrar das autoridades de segurança pública de São Paulo uma apuração exemplar não só do crime contra o patrimônio, mas também do crime de racismo anti-semita cometido durante o delito.

É inadmissível vermos várias vezes por ano escolas sendo roubadas. Equipamentos que são doados ou adquiridos para ajudar a população indo parar nas mãos de criminosos.

É preocupante que num roubo destes, que poderia passar despercebido da sociedade como tantos outros, os criminosos tenham tido a intenção de fazer uma agressão nazista e anti-semita.

É um sinal de alerta sobre o racismo no Brasil quando uma instituição não judaica é atacada de forma nazista e anti-semita porque têm judeus atuando nela.

Além de nos solidarizar com as vítimas não podemos deixar de lamentar a declaração da educadora e coordenadora da instituição Andréa Bivar ao escrever no seu próprio site que "A suástica está ao contrário, não dá para entender exatamente o que a pessoa quis dizer com 'morte a juda'. Mas, é fato que sabem que a ONG foi fundada por um judeu e que vários judeus trabalham aqui".

Para que a coordenadora fique sabendo, não há mais suásticas ao contrário. Suásticas são suásticas e dá para entender perfeitamente o que significa "morte a juda". Chega a ser até uma forma inusitada de escrever "morte aos judeus", pois o termo se origina numa das 12 tribos do Reino de Israel, a tribo de Judá. A mensagem é claríssima.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Protocolos dos Burros de Açores

por José Roitberg

Você imagina anti-semitismo em Portugal? Há uma comunidade judaica mínima, pois os portugueses eliminaram seus judeus há praticamente 500 anos, torturando-os, convertendo-os, expulsando-os e extorquindo-os. Que se saiba os judeus que vivem em Portugal hoje em dia não são descendentes de ancestrais portugueses.

Mesmo assim, foi anunciada a quarta edição dos Protocolos dos Sábios de Sião em Portugal. A matéria foi destaque no jornal Diário dos Açores, pequeno grupo de ilhas pertencentes à Portugal do oceano Atlântico.

O autor do comentário sobre o livro, Marcus Noronha da Costa, explica que esta edição recebeu um prefácio, contando toda a história da publicação, que foi feita pela Okhrana, a polícia secreta do Tzar Nicolau no final do século 19. Um pouco mais adiante começa o anti-semitismo puro e termina acusando os judeus de estarem publicando o livro de forma "revisada"...

Para Marcus, mesmo que o livro "possa ter sido forjado", "um fato é evidente e não necessita de demonstração...", quem ler o livro atentamente poderá ver que a maioria dos "planos" se realizou, com "a maçonaria como braço armado" do judaísmo e tiveram "como objetivo máximo a formação do barril de pólvora que é o Estado de Israel."

Vamos deixar para vocês o final do comentário publicado pelo jornal nesta semana de agosto de 2007.

"Em Portugal o livro apareceu traduzido em 1923 por J. A. Viana Peixoto e Francisco Pereira Peixoto, e logo a seguir em 1925 Mário Saa, poeta e escritor companheiro de Fernando Pessoa e dos escritores modernistas da época escreve – A Invasão dos Judeus – na sociedade portuguesa.

É evidente que os judeus em Portugal não constituem qualquer ameaça nem rácica nem economicamente, vivem normalmente, facto que não acontece nem no Brasil e especialmente na Argentina.

A presente edição que à primeira vista parece académica e muito narrativa, não passa de mais uma das múltiplas imagens do – politicamente correcto –, que o sionismo internacional e os serviços secretos israelitas desejam divulgar entre os incautos".

Mensagem do Presidente da CONIB

Mensagem de Rosh Hashaná de Jack Terpins, Presidente da CONIB

No entardecer de 12 de setembro, a comunidade judaica mundial comemora a chegada do ano de 5768, contado a partir da criação do Homem. Também, inicia um período de reflexão e avaliação dos atos e ações praticados durante o ano que passou, visando melhoria para o que adentra. Estando a frente, como representante oficial, da comunidade judaica brasileira e latino-americana, desejo que todos independente de suas diferenças e semelhanças, mas tendo como determinador comum, o firme propósito de nos tornamos melhores como seres humanos, e transformar o espaço que vivemos, em um jardim do Éden, tal qual era no momento de sua criação, tenham 57668, como o ano de sua vida, com saúde, progresso e paz!

Ano Sabático em Israel

5768 se inicia daqui a alguns dias. É o primeiro ano sabático depois das Intifadas e deterioração das relações entre Israel e os palestinos. Há uma série de coisas que os judeus não deveriam fazer no ano sabático, que se repete a cada sete anos. A maioria delas acaba sendo impossível de ser cumprida pois não há como não trabalhar durante um ano. Mas a terra tem que descansar. Grande parte da agricultura em Israel pára no ano sabático.

Até hoje, as compras de vegetais era feita dos produtores palestinos, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia. Mas e agora? O que vemos de Gaza sob o domínio do Hamas é uma devastação total e a falta de alimentos para a própria população. Não há excedentes de produção. Não há intenção do governo do Hamas em negociar com Israel e muito menos facilitar o lado dos judeus ortodoxos.

Representantes ortodoxos afirmam que vão negociar diretamente com os produtores em Gaza. Mas a vida de quem negociar com Israel vai estar em risco. Para a Cisjordânia, os rabinatos já pediram planos para tropas do exército acompanhar os rabinos que irão verificar a kashrut das plantações palestinas. Há uma grande confusão aí pela frente.

Curtas

Autores judeus fora

Os autores judeus certamente não comparecerão à abertura da Bienal do Livro no Rio de Janeiro. É que o primeiro dia, 13 de setembro, é Rosh Hashaná.

Fecha Fecha

O primeiro ministro palestino Salam Fayyad ordenou o fechamento de 103 instituições ligadas ao Hamas na Cisjordânia e Faixa de Gaza - vai ser fácil cumprir a decisão em Gaza... Pelo seu lado, agravando intencionalmente a crise, o Hamas ordenou que todas as clínicas médicas particulares sejam fechadas na Faixa. A acusação é de que os médicos estavam trabalhando apenas 3 horas por dia nos hospitais públicos, onde recebem salário pago pela Autoridade Palestina, da Fatah e usando o resto do dia para faturar mais em seus consultórios e clínicas particulares.

Fortaleza Gaza

O Major General Moshe Kaplinsky, do Estado Maior israelense declarou numa entrevista de 90 minutos que o Hamas está enviando homens para treinamento militar no exterior, a maioria no Irã e preparando um exército nos moldes do Hezbollah. O IDF teria a lista de pelo menos 100 homens treinados no Irã. O general também disse que o Hamas está construindo fortificações ligadas por túneis para luta e contrabando de material do Egito. Várias dessas fortificações teriam instalações de armas anti-tanque. Alguns dias antes o Shin Bet revelou que desde que assumiu o controle de Gaza, o Hamas teria contrabandeado mais de 40 toneladas de armamento moderno vindas do Egito.

Síria se prepara para atacar?

Na mesma entrevista, o general Kaplinsky disse que a Síria está se armando rapidamente com equipamento de última geração e teria gasto 3 bilhões de dólares em compras militares nos últimos 3 anos, metade disto, apenas agora em 2007, contra um orçamento de 75 milhões de dólares no ano de 2003.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Mensagem de Rosh Hashaná da Embaixadora de Israel

Mensagem da Embaixadora de Israel, Sra. Tzipora Rimon,

À Comunidade Judaica do Brasil, por ocasião do Ano Novo Judaico - 5768

Caros amigos,

Aproximamo-nos de Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico 5768 e desejamos uns aos outros que o ano que se inicia seja repleto de prosperidade, felicidade e paz.

Este ano comemoramos juntos, dois eventos de fundamental importância para a história do povo judeu e para o Estado de Israel: marcamos 60 anos da resolução da Assembléia Geral da ONU, chefiada pelo estadista brasileiro Oswaldo Aranha, que decidiu no dia 29 de novembro de 1947, pela criação do Estado de Israel. Em maio próximo celebraremos o 60º Aniversário da Independência do Estado de Israel.

Nestes dias presenciamos intensos contatos entre a liderança israelense e o novo governo palestino, visando a preparação do Encontro Internacional, que terá lugar em novembro nos Estados Unidos. O alvo é cristalizar princípios políticos e econômicos que possam ajudar as partes a se aproximarem de uma solução para o conflito.

A divisão na sociedade palestina entre Fatah e Hamas, leva a uma nova oportunidade, que é o diálogo entre Israel e o novo governo palestino, paralelamente à pressão internacional sobre o Hamas, que continua mantendo uma política extremista de terror.

Todos nós continuamos engajados na libertação dos soldados israelenses seqüestrados pelos grupos terroristas do Hizbollah e do Hamas. O mundo continua enfrentando o Irã e o seu programa nuclear, mas para Israel, a questão é mais profunda e existencial.

Em relação à cooperação entre Israel e Brasil, vale a pena ressaltar que, desde a assinatura do acordo de cooperação em pesquisa e desenvolvimento industrial, em fevereiro passado, as delegações dos dois países já se reúniram para concretizar a atuação conjunta.

A Embaixada de Israel e seu Escritório Econômico em São Paulo, estão agindo para promover a significativa participação brasileira nos dois eventos econômicos internacionais que acontecerão em Israel: a "Conferência do Primeiro Ministro para Exportação e Cooperação Internacional" e a "WATEC 2007 - Feira e Conferência sobre Tecnologias da Água e Controle Ambiental".

Em dezembro será realizada a 3ª rodada de consultas políticas entre os Ministérios das Relações Exteriores do Brasil e de Israel. Continuaremos também promovendo a cooperação nos campos da educação e cultura. Esses são alguns exemplos das atividades planejadas para o ano novo.

Neste novo ano judaico que nasce, 5768, a Embaixada de Israel deseja ampliar cada vez mais a atuação conjunta com a comunidade judaica do Brasil.

Desejo à liderança judaica, aos rabinos e sinagogas, às escolas judaicas, às organizações e todas as famílias, Shaná Tová e um feliz e frutífero Ano Novo.

Tzipora Rimon
Embaixadora de Israel

Xenofobia provoca novo debate sobre proibição do partido neonazista

http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2751909,00.html

Políticos social-democratas pretendem articular uma nova tentativa de proibição do NPD, partido de extrema direita. Políticos conservadores, liberais e verdes não vêem chance de êxito.

A agressão contra oito indianos por radicais de direita na localidade saxônia de Mügeln, no fim de semana passado, desencadeou um novo debate sobre a necessidade de proibir o Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD), de extrema direita. O presidente do Partido Social Democrata (SPD), Kurt Beck, pretende abordar o tema na próxima convenção partidária, em outubro. Beck recebeu respaldo de outros correligionários, mas conta com o ceticismo dos parceiros de coalizão da União Democrata Cristã (CDU) e da oposição verde e liberal.

O Ministério do Interior é contra uma nova tentativa de proibir o NPD. Sem dúvida, trata-se de um partido antidemocrático, anti-semita e anticonstitucional, que - por todas essas razões - preenche todos as condições de uma proibição, justificou o Ministério. No entanto, a fim de assegurar o êxito do processo, a atuação do serviço secreto deveria ser suspensa, algo que o Ministério rejeita terminantemente.

Serviço secreto inviabilizou proibição em 2003

O grande problema de tentar novamente proibir o partido continua sendo a atuação de agentes federais infiltrados nos grêmios de liderança do NPD. Em 2003, quando o governo alemão, com o respaldo das duas câmaras do Parlamento, requereu a proibição, o Tribunal Constitucional Federal rejeitou o pedido, alegando que a atividade do serviço secreto representava "um obstáculo intransponível para o processo".

A chanceler federal, Angela Merkel, também é cética quanto ao êxito de uma nova investida constitucional contra o NPD. O presidente do SPD justificou, no entanto, que também é contra a suspensão das atividades dos agentes federais infiltrados. Beck, que conta com o respaldo de outros políticos, como o ministro do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, acha que seria suficiente tornar mais discreta a atuação do serviço secreto.

NPD cada vez mais influente e provocador

Na Alemanha, a dificuldade de proibir um partido político é grande. Apenas o Tribunal Constitucional tem este poder; e para tal, precisa de uma maioria de dois terços. Desde o pós-guerra, só houve duas proibições na Alemanha Ocidental: em 1952, a do Partido Socialista do Reich, radical nacionalista, e em 1956 a do Partido Comunista da Alemanha.

Mas desde a tentativa fracassada de 2003, os ânimos não se acalmaram entre os políticos alemães. Quando o NPG conseguiu ingressar na Câmara dos Deputados do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, aumentaram os apelos pela proibição do partido. Sobretudo porque muitos consideram cada vez mais provocador o comportamento público dos líderes de extrema direita.

Mais de 40% do financiamento do NPD é estatal

O presidente do NPD, Udo Voigt, foi indiciado por incitação popular, após ter sugerido o criminoso de guerra nazista Rudolf Hess para o Prêmio Nobel da Paz. O líder da bancada do NPD na Câmara estadual de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Udo Pastörs, também gerou indignação, ao declarar "O futuro é nosso: podem nos passando o poder!"

Outra causa de grande aborrecimento é o financiamento partidário. Políticos social-democratas afirmam não saberem como justificar para o povo por que o Estado sustenta um partido que intenciona acabar com a democracia. Em decorrência das vitórias eleitorais de 2006, o NPD recebeu 1,4 milhões de euros do Estado – mais de 40% de seu faturamento.

Combate ao extremismo de direita divide coalizão

Os social-democratas criticaram o Ministério da Família pela suposta ineficiência dos programas contra o extremismo de direita. O principal argumento é de que as iniciativas de grupos neonazistas menores geralmente escapam às estruturas criadas pelo governo para conter a organização de núcleos de extrema direita.

A ministra da Família, Ursula von der Leyen (CDU), rejeitou a acusação dos social-democratas, justificando que o atual governo está investindo muito mais do que os anteriores no combate ao extremismo de direita. (sm)

Tribunal condena Google Brasil

 
A Google foi condenada por ofensas à integridade moral de um brasileiro. A representante no Brasil da empresa norte-americana foi obrigada a retirar do Orkut, a comunidade 'Lugar de ladrão é na cadeia' e a identificar o autor.

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou esta quinta-feira a empresa Google Brasil Internet Ltda. a retirar uma comunidade do site Orkut, uma rede de amigos e/ou pessoas com os mesmos gostos e interesses. A página, com o título 'Lugar de ladrão é na cadeia', foi considerada ofensiva ao destinatário, um cidadão da cidade de Belo Horizonte.

A referida página no Orkut continha a fotografia do queixoso, com ofensas directas à sua integridade moral, através de frases tais como "para você que conheceu essa pessoa, sabe do seu passado sujo e do risco que ele oferece para a nossa sociedade. Entre aqui e junte-se a nós".

De acordo com o Tribunal, o cidadão em causa entrou com uma acção na Justiça, mas o pedido liminar para o encerramento da comunidade e identificação do seu criador foi, então, negado pelo juiz, tendo o ofendido apresentado recurso. Nas contra alegações, a Google Brasil disse não ser parte legítima no processo, por ter, alegadamente, personalidade jurídica distinta da norte-americana Google International LLC, "que seria a única responsável pela disponibilização do site Orkut".

O relator do recurso, o desembargador Francisco Kupidlowski, defendeu que a Google Brasil, como representante da Google International, "tem o dever jurídico de cumprir as obrigações relacionadas à prestação dos serviços ligados à empresa internacional" e, sendo subsidiária "do poderoso grupo económico instalada em território nacional, está sujeita às leis e ordens judiciais brasileiras".

Google nega dados de pedófilos

http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=413185

Há pouco mais de um ano e meio que a organização não-governamental Safernet Brasil encaminha denúncias de crimes contra os Direitos Humanos no Orkut, tais como pornografia infantil, racismo e nazismo. Nesse período, através do site da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, aquela organização recebeu 636 mil denúncias, das quais 158 referem-se a casos de pornografia infantil no site do Orkut.

Passado um ano desde que foi interposta uma acção civil pública no Brasil, o Ministério Público Federal (MPF) ainda não conseguiu obrigar a Google a fornecer dados sobre essas comunidades criminosas. Segundo a TV Justiça (organismo do Supremo Tribunal Federal brasileiro), estão pendentes na Justiça Federal de São Paulo um total de 233 processos de quebra de sigilo de dados de comunidades e perfis do Orkut, solicitados pelo MPF.

A Google, porém, tem-se recusado a entregar as informações solicitadas pelas autoridades brasileiras. As páginas contendo pornografia infantil são agora retiradas mais rapidamente, mas do ponto de vista da Justiça, esta é uma medida contraproducente porque é preciso preservar as provas.

Apelo ao vandalismo

Recorde-se que em 2006 a Google aceitou encerrar uma lista de comunidades do Orkut, após uma reunião com a Polícia Federal brasileira e com a Safernet. A suspensão ocorreu depois de terem sido encontradas páginas com mensagens que incitavam ao terrorismo, ao tráfico de drogas e ao vandalismo.

Uma das páginas era atribuída ao Comando Vermelho - organização criminosa responsável pela onda de violência em São Paulo em 2006 e com ligações ao narcotráfico - contendo mensagens de incentivo a atentados contra o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

A sombra do nazismo no Velho Mundo

Jornal do Brasil, Internacional, 26 de agosto de 2007
http://jbonline.terra.com.br/editorias/internacional/papel/2007/08/26/internacional20070826007.html

A sombra do nazismo no Velho Mundo 
  

Marsílea Gombata

Como uma assombração, o nazismo não abandonou a Europa. No auge do intercâmbio entre povos, graças à globalização, manifestações neonazistas voltam a ganhar fôlego e crescer de forma assustadora.

Nas últimas semanas, acontecimentos que chocaram o mundo trouxeram à tona o terror que tem raízes na Segunda Guerra. Na Alemanha, semana passada, neonazistas marcharam por ocasião dos 20 anos da morte do líder nazista Rudolf Hess - braço direito de Adolf Hitler - e oito indianos foram espancados por 50 skinheads neonazistas numa festa popular. Na Dinamarca, a polícia condenou, domingo passado, o líder neonazista Johnni Hansen a 10 dias de prisão por homenagens a Hess. Na Rússia, há 12 dias, foi divulgado na internet um vídeo em que um homem é decapitado e outro é morto a tiros com a suástica ao fundo.

- Idéias como o nazismo não morrem na sociedade e no mundo - avalia o estudioso do tema Antônio Andrioli, doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Osnabrück, na Alemanha. - Elas aumentam e diminuem, mas nunca somem.

No neonazismo atual, os jovens são maioria. Mas os neonazistas, adverte Andrioli, estão em todos os setores da sociedade. Organizados politicamente - como o Partido Nacional Democrático (NPD) - ou não, clamam pelo nacionalismo e pedem que a pátria seja para os que nela nasceram. Como Hitler, neonazistas pedem uma "Alemanha para alemães" e a "Rússia para os russos".

Entre janeiro e julho, na Rússia, estima-se que 310 pessoas tenham sido vítimas de ataques racistas - 22% a mais do que o mesmo período no ano passado. Em partes da ex-Alemanha Oriental, 1/3 dos jovens votaram no NPD - que é proibido de se declarar nazista - nas eleições regionais passadas.
Depois dos recentes ataques neonazistas, Wolfgang Tiefensee, ministro do Desenvolvimento Urbano da Alemanha, declarou que "não serão tolerados slogans que lembrem a Segunda Guerra".

Os princípios neonazistas que se assemelham aos ideias nazistas - como limpeza étnica e a busca pela raça pura ariana, assim como o ódio por judeus (que se traduz na negação do Holocausto) - distanciam-se da época de Hitler por não terem um projeto de construção nacional político e educacional.

- A principal diferença entre o nazismo atual e o antigo está na política - observa Alexander Verkhovsky, diretor do Sova, centro ativista contra a xenofobia na Rússia. - Antes, lutavam pela construção de uma pátria, mas os grupos hoje são desprovidos de projetos políticos e só propagam preconceito.

Reed Brody, advogado do Human Rights Watch na Bélgica, atenta para a relação entre desenvolvimento interno, política doméstica e o crescimento do neonazismo.

- A opinião pública é muito influenciada por temas como imigração, asilo, economia - critica. - O desemprego e a falta de perspectivas alimentam o neonazismo e a luta contra imigrantes.

Os contextos mais prováveis para o ascensão do neonazismo, segundo Brody, são lugares em que "democracia, política e economia não caminham bem". Assim, encontra-se um bode expiatório para ser culpado por problemas sociais que "são, no fundo, responsabilidade de cada um".

- A relação entre neonazismo e desenvolvimento doméstico é uma desculpa e não justifica essa postura agressiva - opina Agustín Romero, professor de Política Externa, da Universidade de Buenos Aires.
Assim como na época de Hitler, as questões econômicas influenciam diretamente na xenofobia. Andrioli acredita que "as regiões que têm menos acesso ao desenvolvimento e investimentos do Estados têm maior tendência ao nazismo".

- Não é à toa que na parte oriental da Alemanha, onde há mais subdesenvolvimento, esses grupos culpam estrangeiros pelo desemprego - conclui.

Ao declararem que o Holocausto não foi tão grave, grupos neonazistas abusam de uma simbologia estética que vai além da suástica. Coturnos pretos com cadarços brancos, roupas pretas com metais e cabeça raspada são marcas de xenófobos que se colocam contra comunistas e etnias como a asiática.

Mais de 60 anos depois da libertação dos últimos sobreviventes de Auschwitz, o passado nazista não está superado. O tema ainda surge como um tabu na sociedade européia e se estende a outros continentes.

Nacionalismo, fanatismo, cultura e estética no Brasil

Jornal do Brasil (RJ), Internacional, 26 de agosto de 2007.
http://jbonline.terra.com.br/editorias/internacional/papel/2007/08/26/internacional20070826001.html

Nacionalismo, fanatismo, cultura e estética no Brasil

O próprio projeto da União Européia, que teoricamente deveria enfraquecer a xeonofobia, parece fortalecer o neonazismo. Pesquisas apontam que a insegurança social - contexto para a propagação do ideiais nazistas - atinge 60% dos alemães. O racismo é um fenômeno antigo que permanece no Velho Continente: mais da metade dos alemães acreditam que há muitos estrangeiros no país e afirmam que, em caso de carência de empregos, os forasteiros deveriam voltar a suas nações de origem.

Para Rachel Denber, vice-diretora da Divisão da Europa e Ásia Central do Human Rights Watch, os governos também "têm sua parcela de culpa pelo crescimento das manifestações nazistas atuais e não fazem o bastante para combater o movimento, pois não o incluem na lista de prioridades".

- A ideologia nazista é um mal político e não um distúrbio psiquiátrico - avalia Antônio Andrioli. - É um totalitarismo aliado à lavagem cerebral e elevado ao nível de fanatismo religioso, no momento em que utopias estão em crise e há um vácuo para figuras messiânicas.

Enquanto autoridades se armam contra o neonazismo - como o fato de a polícia investigar Peter Voigt, líder do NPD, por ter proposto o prêmio Nobel da Paz a Rudolf Hess - a tendência é, para Agustín Romero, "exercícios democráticos avançarem e o neonazismo não ocupar posições sociais importantes".

Com expressão em todos os continentes, o movimento neonazista na América Latina é confuso e têm inspirações diversas. Paradoxalmente, os neonazistas brasileiros lutam por uma limpeza étnica impossível de ser feita num país formado por misturas de etnia como europeus, asiáticos, africanos e indígenas.

O movimento neonazista no Brasil, além de discriminar judeus, age principalmente contra trabalhadores nordestinos em cidades como São Paulo e Porto Alegre.

A confusão entre o punk dos anos 80 e os carecas (ou skinheads e boneheads - inicialmente um movimento estético e de estilo de vida) marca o movimento xenófobo de extrema direita aqui. Gangues do subúrbio - como o ABC paulista e a zona Leste de São Paulo - tinham um discurso que valorizava a moral católica e uniram-se ao movimento dos cabeças raspadas, de caráter nacionalista. O grupo levanta bandeiras nacionalistas e prega valores conservadores como a moralização da sociedade.

Em 2000, cerca de 20 carecas do ABC espancaram até a morte o adestrador de cães homossexual Edson da Silva, quando este passeava de mãos dadas com o namorado no Centro de São Paulo.

Depois do episódio, grupos neonazistas enviaram uma carta a autoridades paulistanas em que diziam:
"Vamos destruir todos os veados, pretos e nordestinos (...), todos que defendem essas sub-raças vão se arrepender (...). Salve a raça superior. Nós, os skinheads".

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Mikey do Hamas é substituído por abelha assassina

Todos devem se lembrar do recente escândalo do "Farfour" aquele "Mikey Mau" palestino do Hamas. Nas informações que tínhamos até agora, ele teria sido tirado da série infantil Pioneiros do Amanhã após protestos israelenses. Mas não foi nada disto. Farfour foi preso e espancado numa delegacia israelense e está trancafiado em Israel com outros "mártires".

Em seu lugar foi colocada a abelha "Nahoul", algo pior e mais abominável ainda. O discurso no programa infantil é o de estimular o martírio, a dor e o suicídio em nome da libertação de Al- Aqsa (a Explanada das Mesquitas) em Jerusalém, como se ela não estivesse controlada pela população árabe. O discurso de Nahoul é muito mais violento que o de Farfour e deixa no chinelo os ideólogos dos livros infantis nazistas dos anos 20 e 30.

Estamos preparando uma compilação legendada do capitulo final do Farfour e do material recente do Nahoul. Educação para o ódio é o que prevalece na TV palestina. O estranho é que essa abelhuda está sendo deixada de lado.

Pizzaria usa Hitler como 'garoto-propaganda'

(do G1)

Uma campanha publicitária que mostrava Hitler fazendo a saudação nazista com uma fatia de pizza na mão foi retirada de circulação nesta sexta-feira (24) na Nova Zelândia depois das queixas apresentadas pela comunidade judaica.

O cartaz fazia parte da campanha publicitária da rede de lojas "Hell Pizza" ("Pizza do Inferno"), que usa diversos personagens históricos para promover seus produtos.

No anúncio, que foi distribuído em painéis publicitários de quatro grandes cidades neo-zelandesas, era exibida a imagem de Hitler dizendo: "É possível fazer as pessoas crerem que o paraíso é o inferno."

Em Christchurch, no Sul do país, Hitler foi substituído pelo papa Bento XVI e pelo slogan: "O inferno é autêntico e eterno."

Kirk MacGibbon, da agência de publicidade Cinderella, autora da campanha, lamentou que "algumas coisas ainda não possam perder o caráter dramático", em resposta às críticas da imprensa judaica.

Café da manhã em Israel

Matéria muito agradável do Bom Dia Brasil da Globo neste link

Protesto violento em Gaza

Segundo as agências internacionais de notícias, milhares de pessoas ligadas a Fatah de Mahmud Abbas marcharam pelo centro da cidade de Gaza. Dezenas apedrejaram a central de segurança, agora controlada pelo Hamas. Milicianos do Hamas investiram contra os manifestantes com tiros e agressões. Não foram relatados, ainda, feridos a por tiros.

Novamente a imprensa foi um dos alvos principais dos homens do Hamas. Três jornalistas foram presos, incluindo um fotógrafo da France Press (AFP). Um cameraman da agência Reuters foi espancado e só não foi preso porque os manifestantes o resgataram.

No dia 10 de agosto, em entrevista na agora TV Al-Aqsa (antiga Hamas TV), um parlamentar do Hamas, Fathi Hammad, declarou que em sete meses o regime de Abbas será derrubado na Cisjordânia e o controle de toda a área será do Hamas. O parlamentar também anunciou que o Hamas poderá usar operações com homens-bomba suicidas contra dirigentes e alvos da Fatah.

Ao mesmo tempo, a guarda presidencial de Mahmud Abbas começou a receber treinamento do Serviço Secreto americano, a unidade que faz a proteção dos presidentes e outros membros do governo dos Estados Unidos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Fantasma do extremismo de direita não abandona Europa

(Da Deutsche Welle, 20/08/2007)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2744293,00.html

Fantasma do extremismo de direita não abandona Europa

Tentativas de levar à frente marchas neonazistas ocorreram em várias localidades pequenas do país. Em Mügeln, na Saxônia, 50 jovens perseguiram e feriram oito indianos durante festa popular.

Apesar de uma proibição que vale para todo o território alemão, grupos neonazistas tentaram levar a cabo manifestações em várias localidades do país, por ocasião dos 20 anos de morte do líder nazista Rudolf Hess, braço direito de Hitler. Segundo informaram autoridades de Magedeburg, um policial ficou ferido num posto de gasolina da cidade de Halberstadt, ao ser atacado com chutes e garrafas por dez jovens skinheads.

Em várias cidades de pequeno porte do país, houve reações de protesto contra a ameaça de marchas neonazistas. Na última sexta-feira e sábado (17-18/08), foram apreendidos vários adesivos referentes aos 20 anos da morte de Hess.

Em Müngeln, no estado da Saxônia, oito cidadãos indianos foram perseguidos durante uma festa popular e ameaçados por um grupo de aproximadamente 50 alemães, em sua maioria jovens. Segundo informações da polícia local, os indianos procuraram abrigo em uma pizzaria.

Os tumultos deixaram um saldo de 12 feridos, entre estes os oito indianos perseguidos e dois policiais, que tentavam conter os agressores. Segundo o diretor da polícia da Saxônia, Bernd Merbitz, a agressão pode ter tido motivos xenófobos. Testemunhas relatam que curiosos ao redor aplaudiram os agressores e não defenderam os perseguidos. Segundo informa o semanário Der Spiegel, a polícia local sabia que um grupo de neonazistas havia planejado uma visita à festa pública no dia.

Detenções na Dinamarca

Na Dinamarca, a polícia condenou neste domingo (19/08) o líder de uma facção neonazista (legalizada no país), Jonni Hansen, a dez dias de prisão por ter atacado policiais. No dia anterior, Hansen havia participado, em companhia de aproximadamente 100 extremistas, de uma marcha em homenagem a Rudof Hess. Nos arredores de Pattburg, na fronteira teuto-dinamarquesa, a polícia impediu 50 extremistas de direita alemães de entrarem na Dinamarca para participar da manifestação neonazista.

Também neste fim de semana, a mídia do norte alemão noticiou a intenção do partido extremista NDP de criar uma centro de formação em Anklam, no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Segundo um jornal da região, a prefeitura da cidade deve se reunir em caráter de urgência nesta segunda-feira (20/08), a fim de tomar providências contra a criação do centro. Em fins de julho passado, correram boatos de que o partido extremista havia adquirido um terreno nos arredores de Berlim, destinado à construção de um centro neonazista.

Atrocidades na Rússia

Na Rússia, atrocidades veiculadas em um vídeo – em que dois homens são mortos tendo bandeiras com suásticas ao fundo – causou a indignação da opinião pública. Segundo o título do material que circulou pela internet, um dos homens vinha do Tadjiquistão e outro do Dagestão, república russa localizada na região do Cáucaso.

Enquanto o caso é investigado no país, autoridades divergem a respeito da autenticidade do material. Organizações de defesa dos direitos humanos acreditam, porém, que a execução das vítimas tenha realmente ocorrido. "O vídeo é uma provocação", observa Alexander Verchovski, diretor do centro Sova. O ativista não descarta a possibilidade de que ações extremistas no país sejam executadas sob a influência do serviço secreto.

O número de delitos praticados por extremistas de direita e nacionalistas cresceu sensivelmente na Rússia nos últimos meses. De janeiro a julho deste ano, 310 pessoas foram vítimas de ataques racistas ou neonazistas – 22% a mais do que no mesmo espaço de tempo do ano anterior. Destas vítimas, 34 morreram em conseqüência dos ataques. Principalmente em Moscou e São Petersburgo aumentou o número de delitos praticados por grupos nacionalistas.

Indiferença da população

As vítimas são, em sua maioria, membros de minorias étnicas de pele escura, como tadjiques ou tártaros, muitos deles operários da construção civil ou trabalhadores da área de gastronomia. Os ataques costumam acontecer nas ruas ou metrôs das cidades e muitas vezes causam a indiferença da população.

Tornou-se comum ver pedestres desviando o olhar, ao observar como extremistas maltratam algum estrangeiro. Segundo estimativas de especialsitas, existem hoje na Rússia aproximadamente 150 organizações de extrema direita, reunindo em torno de 60 mil skinheads. (sv)

Pavio curto no Oriente Médio

Egito encontra mais explosivos da Al Qaeda
Nesta segunda-feira, forças de segurança egípcias encontraram 250 kg de TNT escondidos na areia perto de al-Arish, no Sinai. Algum dos presos da Al Qaeda ou da Irmandade muçulmana está falando. No dia 5 de agosto outros 500 kg tinham sido encontrados a 90 km do local. É o mesmo tipo de explosivo usado nos devastadores e covardes ataques suicidas contra os hotéis de Taba, Dahab e Sharm el-Sheikh, desde 2004, causando a morte de mais de 120 pessoas e um grande número de feridos. A maioria turistas estrangeiros, inclusive israelenses, e empregados dos hotéis.

Egito envia explosivos para o Hamas
Toma lá, da cá. O porta-voz do Hamas Abu Obeidah declarou que "Se os sionistas estão com medo da possibilidade do disparo de foguetes, eles tem que saber que nós possuímos armas mais perigosas." Segundo o exército Israelense há na Faixa de Gaza, foguetes militares Katiusha e Grada de fabricação russa com alcance de 20 km que podem atingir Askelon com uma carga de 6 kg de explosivo militar. O Hezbollah usou muito esse tipo de foguete. Isso é só uma constatação, porque três destas armas foram utilizadas em 2006. O IDF também afirma que todo o material militar entra pela fronteira sul da Faixa de Gaza, controlada pelo Egito, seja abertamente pelo posto de fronteira, seja por túneis de contrabando. Ao longo dos anos o IDF destruiu dezenas destes túneis.

Muçulmanos na linha de fogo em Sderot
Apesar de pouco se falar, Sderot continua sendo bombardeada com freqüência. Desta vez estava na cidade uma delegação de líderes muçulmanos da Índia, que visita Israel a convite do American Jewish Committee e do Australian Israel Jewish Affairs Council. Enquanto estavam nas ruas, ouviram as sirenes e foram levados rapidamente para o bunker mais próximo enquanto os foguetes caiam. Em resposta, a uma avião israelense atacou o local de lançamento matando 6 militantes do Hamas.

Durante uma conferência de imprensa em Jerusalém com a participação dos rabinos-chefes ashkenazi e sefaradi, Yona Metzger e Shlomo Amar, Maulana Umair Iliyasi, Secretário Geral de todas as organizações de Imans da Índia declarou que "O processo iniciado em Delhi há um ano, vai continuar, apesar dos protestos. Nós sabemos que o caminho é difícil mas não vamos desistir". A Índia possui 180 milhões de muçulmanos.

Assistam a este vídeo sobre Sderot feito por alguém de lá.

Pasdaran atuando no Iraque
A agência Reuters publicou uma notícia afirmando que 50 membros da Guarda Revolucionária do Irã (Pasdaran) estão treinando milícias xiitas no sul do Iraque aumentando sua capacitação no uso de morteiros e foguetes, principalmente modernas armas anti-tanque.

Palestinos da Al-Qaeda fogem do cerco no Líbano
Numa fita de áudio, Abu Jandal al-Dimashqi se declara líder do "Tawhid e Jihad na Síria" e comunica que um grupo do Fatah al-Islam escapou do bairro palestino de Nahr al-Barred no norte do Líbano e que ambos os grupos vão começar ataques dentro do Líbano em breve.

Sobreviventes do Holocausto em Israel recebem nova decisão

Após duas semanas tensas depois do governo Olmert oferecer aos sobreviventes aquela compensação ridícula de mais 20 dólares por mês pôde-se conhecer a crise real. Entre os quase 240 mil ainda vivos, menos de 50% recebem compensações da Alemanha e de outros países que ficaram sob domínio nazista. A crise, pelo menos, serviu para trazer a tona essa realidade inconveniente. Após marchas de protesto nas ruas e muitas entrevistas em TVs e rádios, o governo israelense incrementou o aumento para 300 dólares por mês. "Meu objetivo é que todos os sobreviventes do Holocausto fiquem acima da linha de pobreza e que eu tenha certeza de que eles vivem decentemente," disse o ministro do Bem-Estar Social Yitzhak Herzog.

Líder judeu de Paris receia aliá em massa

O jornal Haaretz publicou uma entrevista com o dr. Joel Mergui, presidente do equivalente a federação israelita de Paris, onde ele teme que a imigração em massa de judeus franceses esvazie rapidamente a comunidade parisiense.

"De uns 600.000 judeus vivendo na França, apenas um terço tem contato com a comunidade e educa seus filhos em escolas judaicas. Um terço está em processo de assimilação e o outro terço está em cima do muro - e nós precisamos puxá-los para dentro." disse Meegui. A educação das crianças judias francesas é feita com fortes laços com Israel. e para o presidente isso está dando tão certo que as pessoas estão imigrando. "Não é devido ao anti-Sionismo."

Mergui mostra dados surpreendentes. De acordo com ele há 80.000 pessoas com dupla cidadania fracesa-isralense, vivendo em Israel atualmente. De cerca de 800 casamentos dentro da comunidade de Paris no ano passado, cerca da metade aconteceu em Israel. Aproximadamente 1.000 encontros de famílias francesas acontecem em Israel. Não se passa um dia sem haver um funeral de um judeu francês em Israel.

"Você precisa se lembrar que para muitos judeus, a única vez em que vão às sinagogas é nos casamentos e bar-mitzvas. É um momento para fazer contato." Com as cerimônias ocorrendo em Israel esta chance está desaparecendo.

As doações para Israel aumentaram e as doações para instituições e eventos da comunidade diminuíram. Até mesmo os pequenos donativos de aliah torah no shabat caíram significantemente.

Nos últimos anos há um fluxo constante de 3.000 judeus franceses imigrando para Israel por ano. Acredita-se que o número seja maior devido aos relatos de famílias que apenas se mudam para Israel e não entram com seus pedidos de cidadania.

O objetivo de Mergui é substituir cada judeu que faz aliah por um daqueles que não estão envolvidos com a comunidade. Uma das formas é aumentar o número de escolas dominicais para crianças judias e que não estudam em escolas judaicas, mas isso exige um grande investimento e melhoria da imagem de todo o sistema.

Crematório em Tel Aviv é incendiado

por José Roitberg

Algumas horas depois de um jornal ultra-ortodoxo divulgar o endereço do crematório Alei Shalechet, aberto há dois anos atrás em Tel Aviv, o local foi arrombado durante a noite, incendiado e destruído. Alon Nativ, um dos proprietários disse num programa de rádio, que vinha recebendo ameaças telefônicas há dois anos.

Yehud Meshi Zahav, um dos fundadores da Zaka, a associação que recolhe as partes de corpos em acidentes e atentados em Israel, declarou na Rádio do Exército que a Zaka não teve nada a ver com o ataque, mas acha que foi justificado e disparou: "Era uma atividade ilegal, a profanação dos corpos e eu aplaudo a destruição deste prédio que estava destinado a desaparecer em chamas."

Como era de se esperar, a BBC consegue ser tendenciosa até na divulgação de uma notíca destas, afirmando que apenas os judeus ultra-ortodoxos acreditam que os mortos devem ser enterrados e não cremados... A BBC não perde uma chance!

Nós, judeus, todos, "não acreditamos"... Nós fazemos! Nós seguimos!

Pessoalmente acho uma alienação completa, após o Holocausto onde mortos e vivos eram jogados em crematórios nos campos, que algum judeu ainda escolha a chaminé como seu último caminho...

Alemães querem imprimir Mein Kampf

Você sabia que além a propaganda nazista TODAS as edições do Mein Kampf em qualquer país do mundo violam as legislações locais e internacionais de direitos autorais? Apenas isso deveria servir para a retirada de circulação do livro. Mas quem detém estes direitos? É o estado da Bavária na Alemanha, que nunca os cedeu para ninguém. Mas que também nunca se importou em interpelar ou processar os editores de vários países que publicaram o livro desde o final da Segunda Guerra.

O estado da Bavária se preocupa apenas com editoras alemãs. Lá o livro não é publicado. Pode ser obtido em alemão na versão austríaca. Mas está havendo uma forte pressão de editores germânicos para a atencipação do prazo de 70 anos para a perda dos direitos autorais: vence em 2015.

É curioso. Os legisladores do final do século 19 e início do 20, quando estabeleceram vários prazos como este e sistemas de previdência social pensaram que 70 anos era muito, ou suficiente. Não é. A quantidade de obras em domínio público aumenta a cada dia e algumas editoras se especializaram em publicar este tipo de textos. Afinal, não precisam dividir seus lucros com ninguém.

Mein Kampf fora das livrarias Nobel

Na última semana, a Federação Israelita de São Paulo recebeu uma denúncia de que o livro "Mein Kampf", traduzido ao português e editado pela Centauro, estava à venda nas prateleiras da Livraria Nobel do Shopping Frei Caneca. Vale lembrar que o livro, escrito por Adolf Hitler, faz apologia, apoio ou concordância com a ideologia nazista.

Rapidamente, a Federação entrou em contato com a diretoria da Livraria Nobel, relatando a denúncia. O Departamento de Marketing da livraria enviou uma resposta dizendo que os livros em questão foram fornecidos por meio de consignação pela distribuidora Empório do Livro e que todas as lojas da Nobel já foram informadas para ficarem atentas. Segundo ele, normalmente são os funcionários que conferem a consignação, e provavelmente passou despercebido o livro, às vezes até por falta de conhecimento.

A Livraria Nobel afirma também que o livro já não está mais em circulação, e que todas as franquiadas Nobel são proibidas de trabalhar com obras que façam apologia a qualquer tipo de discriminação. Além disso a Empório do Livro já está avisada que se isso voltar a acontecer, será proibida de fornecer livros para a rede de Livrarias Nobel.

A Federação e a Livraria Nobel estarão atentas para que fatos com este não voltem a ocorrer.

Lembramos aos leitores que a FIERJ está processando a Editora Centauro pela publicação do Mein Kampf e o processo continua em seus trâmites normais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Valhalla88 Fora do Ar!

Desde 2001 a quadrilha nazista que se esconde por trás das alcunhas "Sul88" e "Valhalla88" vinha exercendo suas atividades racistas e anti-semitas não só no mundo virtual mas também no mundo real. O caso mais nítido foi o ataque contra a sinagoga de Santo André (SP) onde além de assinar as pichações, membros da quadrilha filmaram parte da ação e a colocaram no YouTube, com link dentro de sua área. Também documentaram e expuseram grandes pichações e colagens de cartazes em instituições judaicas, em locais de grande visualização e até mesmo em viaturas policias estacionadas em São Paulo, Curitiba e Santa Catarina.

Essa quadrilha se aproveitava da permissividade da legislação argentina, se hospedando na Ciudad de Libre Opinion, um portal de ódio criado pelo falecido Alessandro Biondini, fundador do Partido Nuevo Triunfo, o partido nazista argentino e mantido pelos seus sucessores. Nesta portal juntaram-se grupos nazistas de toda a América Latina e depois de Portugal e Espanha. Numa ação conjunta da liderança judaica brasileira e do ministério público federal, com a justiça argentina, o "Sul88-Valhalla" foi retirado de seu porto seguro argentino, onde se julgava intocável. Junto com ele, mais quatro sites nazistas, operados por brasileiros saíram do ar.

Mas, bem estruturada, a quadrilha imediatamente se estabeleceu virtualmente nos Estados Unidos, mudando algumas vezes de provedores, achando que a liberdade de expressão para os cidadãos americanos se aplica ao texto racista produzido por brasileiros para brasileiros.

Vindo mal das pernas nos últimos 45 dias, o site www.valhalla88.com está fora do ar. Em seu lugar aparecem apenas propagandas do próprio provedor. Seus espelhos conhecidos que redirecionavam o leitor para o site também apontam para o vazio atualmente. O mundo está menor a cada dia e há lei no espaço virtual. O racismo, a apologia à matança de judeus, à destruição de sinagogas e instituições judaicas, através de charges, textos e músicas é crime e os criminosos irão responder pelos seus atos.

Mas não se impressione se a quadrilha do Valhalla88 surgir com outro nome, em outro país. Se isso acontecer, a ação contra eles continuará de forma implacável.

Há cerca de três semanas entrou no ar o site www.valhalla88.com.br que é um site feito para esclarecer sobre a Segunda Guerra Mundial e pegar os incautos que procuram o conteúdo racista. É um excelente site, com qualidade e farto material que merece uma olhada por parte dos interessados no assunto. Seus autores são conhecidos não nada tem a ver com a comunidade judaica. Parabéns a eles pelo seu esforço e oportunidade.

Tenha a certeza de que a quadrilha do Valhalla88 e outros nazistas brasileiros de plantão estão muito mobilizados para combater a aprovação da lei de tornará crime a Negação do Holocausto no Brasil. Venha ao encontro abaixo e participe!