terça-feira, 28 de agosto de 2007

Protocolos dos Burros de Açores

por José Roitberg

Você imagina anti-semitismo em Portugal? Há uma comunidade judaica mínima, pois os portugueses eliminaram seus judeus há praticamente 500 anos, torturando-os, convertendo-os, expulsando-os e extorquindo-os. Que se saiba os judeus que vivem em Portugal hoje em dia não são descendentes de ancestrais portugueses.

Mesmo assim, foi anunciada a quarta edição dos Protocolos dos Sábios de Sião em Portugal. A matéria foi destaque no jornal Diário dos Açores, pequeno grupo de ilhas pertencentes à Portugal do oceano Atlântico.

O autor do comentário sobre o livro, Marcus Noronha da Costa, explica que esta edição recebeu um prefácio, contando toda a história da publicação, que foi feita pela Okhrana, a polícia secreta do Tzar Nicolau no final do século 19. Um pouco mais adiante começa o anti-semitismo puro e termina acusando os judeus de estarem publicando o livro de forma "revisada"...

Para Marcus, mesmo que o livro "possa ter sido forjado", "um fato é evidente e não necessita de demonstração...", quem ler o livro atentamente poderá ver que a maioria dos "planos" se realizou, com "a maçonaria como braço armado" do judaísmo e tiveram "como objetivo máximo a formação do barril de pólvora que é o Estado de Israel."

Vamos deixar para vocês o final do comentário publicado pelo jornal nesta semana de agosto de 2007.

"Em Portugal o livro apareceu traduzido em 1923 por J. A. Viana Peixoto e Francisco Pereira Peixoto, e logo a seguir em 1925 Mário Saa, poeta e escritor companheiro de Fernando Pessoa e dos escritores modernistas da época escreve – A Invasão dos Judeus – na sociedade portuguesa.

É evidente que os judeus em Portugal não constituem qualquer ameaça nem rácica nem economicamente, vivem normalmente, facto que não acontece nem no Brasil e especialmente na Argentina.

A presente edição que à primeira vista parece académica e muito narrativa, não passa de mais uma das múltiplas imagens do – politicamente correcto –, que o sionismo internacional e os serviços secretos israelitas desejam divulgar entre os incautos".

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