terça-feira, 22 de maio de 2007

Zara pede desculpas a judeus ortodoxos por mistura proibida de tecidos

Jerusalém, 21 mai (EFE).- A empresa espanhola Zara, cuja rede de lojas de roupas é muito popular em Israel, pediu desculpas no país por ter misturado algodão e linho em uma mesma peça, o que a comunidade ultra-ortodoxa judaica considera errado.

 A Zara, que também faz sucesso no Brasil, publicou vários anúncios nos principais meios de comunicação ultra-ortodoxos israelenses nos quais alerta que pôs à venda uma peça masculina que contém um tipo de tecido conhecido como "sh'tanz", informou o jornal "Maariv." Os ultra-ortodoxos consideram que essa mistura, de linho com algodão, é incorreta por ser um híbrido contrário à natura.

"A empresa Zara lamenta o erro e garante aos seus clientes em Israel, e particularmente aos ortodoxos, que fará tudo o que estiver a seu alcance para que o caso não se repita", indicou no anúncio o grupo espanhol.

A mistura aconteceu nas linhas de produção. A Zara se comprometeu a pagar a seus clientes pela chamada "revisão do sh'tanz", uma prática comum de muitos ortodoxos antes de vestir uma roupa nova, particularmente se a peça for importada.

A origem da proibição desta mistura é desconhecida, mas grandes rabinos explicaram no passado que a medida deve-se ao fato de ela ser classificada como "roupa híbrida".

Assim - acrescentaram -, a mesma lógica pela qual a "halacha" (lei judaica) proíbe a mistura entre animais de diferentes raças e a criação de novas espécies de frutas vale também para as plantas.

A Zara, que entrou no mercado israelense em 1997, é hoje a principal rede de do setor do vestuário do país, com quinze lojas, cerca de 900 funcionários e um volume de vendas anual equivalente a US$ 340 milhões. EFE

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